quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Liberdade indagada



O que é afinal ser-se livre?

O esquema apresentado - que mais não é do que a representação gráfica de uma das charneiras da democracia, se se quiser um dos seus chavões -, diz apenas respeito aos limites da liberdade, não a explicando.

Quais serão os tijolos dessa tão falada liberdade, tão convenientemente apresentada em dois tons cinzentos?

Mesmo o facto de a liberdade ter limites é já algo que me faz confusão. Terá a liberdade, realmente, limites?

- O que se segue é apenas um exemplo -

De todos os horrores que o ser humano é capaz de fazer, tirar a vida a alguém está certamente nos lugares cimeiros.

Serei eu livre de matar alguém?
Sou.

Porque nao o faço entao?
Porque escolho não o fazer.

De facto, quando alguém tira a vida a outro, está a praticar um acto de liberdade, sem que, no entanto, seja totalmente livre. Confuso?
Somos realmente livres de matar outrem, mas apenas seremos a liberdade quando escolhemos não o fazer.
Concluo então que o objectivo não é ser livre, mas ser a liberdade em si mesma.
Bom, em nada adiantei em relação à questão, continuo na mesma, sem saber o que é a Liberdade.

Vivemos em sociedade; existem regras - inumeras vezes quebradas, mas no entanto continuam a existir - daí que se tenha como máxima o tal chavão.

Se ser livre é ter escolhas, ser a Liberdade é auto-impor limites a esse "ser livre", ou por outro lado, a essas escolhas?e de onde virá essa auto imposição? até que ponto essa auto imposição não será fruto das concepções de outrem, para não dizer do geral social?Como destrinçar entre o que é uma auto imposição por mim pensada, daquela pensada por outros?
Enfim, uma auto imposição Livre, verdadeiramente livre, porque de mim nascida , por mim aplicada, e por mim vivida.

continuarei dentro de momentos

fica a pergunta: mais do que entender/sentir a liberdade, seremos de facto livres?

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